O perfil atual da situação da saúde no mundo é de tripla carga de doenças, com a presença concomitante de doenças infecciosas, doenças decorrentes de causas externas (traumas ou acidentes) e o aumento significativo de doenças crônicas não-transmissíveis.
O Brasil, como as demais economias emergentes, enfrenta um crescente aumento de doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT). As DCNT respondem por 74% das causas de mortalidade no país.
As DCNT são: + doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio e AVC), + diabetes, + câncer, + doenças respiratórias crônicas e + doenças neuropsiquiátricas (por ex. ansiedade, depressão, síndrome de burnout ou esgotamento emocional e síndrome do pânico).
Seus fatores de risco comuns são: + dieta não saudável, + sedentarismo, + tabagismo e + consumo excessivo de álcool.
Até 80% das doenças cardíacas, AVC, diabetes e 40% dos casos de câncer são potencialmente evitáveis.
Um dos grandes desafios globais em saúde também está relacionado aos efeitos nocivos do estresse nos indivíduos, nas empresas e na comunidade. O estresse crônico predispõe as pessoas a um maior risco para ter síndrome metabólica, caracterizada por aumento da pressão arterial, diabetes, ganho de peso e queda da imunidade.
O Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo e o quinto em casos de depressão. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade e a depressão afeta 5,8% da população. A OMS estima que em 2020, a depressão será a doença mais incapacitante no mundo.
Inúmeras pesquisas sobre a gestão de saúde no ambiente corporativo tem revelado o quanto as empresas no Brasil ainda negligenciam o impacto das doenças crônicas, incluindo a falta de indicadores e de programas estruturados voltados para a promoção da saúde e para o gerenciamento dos fatores de risco, inclusive do estresse.
O engajamento com saúde e o bem-estar estão finalmente tomando o centro do palco no mundo dos negócios. Está cada dia mais evidente a importância da saúde mental e sua estreita relação com a saúde física. Muitos profissionais e empresas reconhecem e investem cada vez mais na medicina mente e corpo ou na medicina de estilo de vida. Ambas práticas levam em consideração, além da saúde física das pessoas, o estado mental e emocional, os hábitos alimentares, as atividades físicas, a qualidade do sono e o bem-estar geral.
Ao compartilhar as recentes descobertas da neurociência, procuro empoderar pessoas para serem mais saudáveis e felizes, através da educação em saúde e de consultoria para maior bem-estar nas empresas, escolas e hospitais.
Por isso, me tornei Membro Oficial da ELMO - The European Lifestyle Medicine Organization (Organização Europeia de Medicina do Estilo de Vida).
Formada em Saúde Global e em Direitos Humanos em Genebra, abraça a causa da diversidade e da equidade de gênero.